Reciclo-te








Indômito amor
Tento apartar-lhe do peito
Lança-lo à conta do passado
Mas eis que não acatas a esbulha
E quando digo que esqueci
Nos versos de Quintana, troça –

“E agora – que desfecho!
Já nem penso mais em ti ...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que lhe esqueci? “ –

Aqui cingido em pensamentos
Lembranças na madrugada do quarto
Música suave
Luz apagada
Cama vaga
Conforto-me em tecer outros versos
Sobre os versos do belo “Resíduo”, de Drumond -

Sim
De tudo fica um pouco
Fica um pouco do teu hálito em minha boca
Fica um pouco de minhas palavras em teus ouvidos
Fica um pouco de teus dentes, em meus lábios
Fica um pouco de minha pele, em teus lábios
Um pouco de teus seios em minhas mãos
Porque de tudo sempre fica um pouco.

Regi

Comentários

Postagens mais visitadas